O cálculo de risco para pré-eclâmpsia deve ser realizado durante o rastreio de primeiro trimestre (morfológico) e leva em consideração a história clínica da gestante (idade, paridade, método de concepção, patologias, IMC), dados biofísicos fetais (da ultrassonografia) – idade gestacional e Doppler de artérias uterinas – , aferição de pressão arterial (2 aferições em cada braço) e dosagens séricas de hormônios maternos (bioquímica – PAPP-A – proteína plasmática A associada à gravidez e PlGF – fator de crescimento placentário).
TODOS esses dados devem ser aferidos corretamente e colocados no software da Fetal Medicine Foundation – FMF (disponível online), para cálculo de risco. Hoje já temos a informação de que, para pacientes que são consideradas de alto risco para pré-eclâmpsia o uso regular de aspirina – ácido acetilsalicílico – na dose de 150mg todos os dias a noite do momento do diagnóstico até 36 semanas diminui em 62% o risco de pré-eclâmpsia pré-termo (Estudo Aspre).
Logo, não há motivo para desespero, primeiro porque alto risco não é certeza de que desenvolverá o quadro. Segundo, pois há profilaxia bastante eficaz quando utilizada corretamente.
No Brasil, os comprimidos de aspirina são de 100mg converse com especialista.